CRAM e Casa Abrigo fizeram 59 atendimentos em setembro

REDE DE ENFRENTAMENTO

CRAM e Casa Abrigo fizeram 59 atendimentos em setembro

Medo está entre as principais queixas e sintomas psicológicos dessas mulheres

Publicado em: 14/10/2022 por Ariel Rocha

CRAM e Casa Abrigo fizeram 59 atendimentos em setembro

De acordo com secretária Municipal da Mulher, Eva Messias, é trabalho da rede municipal de enfrentamento à violência contra a mulher acolher essas mulheres em situação de violência. (Foto: Arquivo)

De acordo com os dados divulgados pelos relatórios do Centro de Referência e Atendimento à Mulher (CRAM), e da Casa Abrigo Doutora Ruth Noleto, só no mês de setembro foram realizados 59 atendimentos de mulheres. Ambos os espaços são administrados pela Prefeitura de Imperatriz, por meio da Secretaria Municipal de Políticas para Mulher (SMPM).

No CRAM, entre acolhimentos presenciais e remotos, foram 39 mulheres atendidas. Esses atendimentos dividem-se entre primeiro contato e retorno. Já na Casa Abrigo, foram oito mulheres, sendo seis delas novas atendidas pelo espaço e duas mulheres reincidentes.

Quando essas mulheres são acolhidas pela rede composta pelo CRAM, o atendimento reúne ações e serviços das áreas da assistência social, justiça, segurança e saúde. Conforme o relatório do órgão, a partir do atendimento psicológico realizado pela equipe técnica, entre o principal sintoma psicológico dessas mulheres está o medo, com a maiorias das queixas.

Ainda foram registrados nessa parte do atendimento, ocorrências de ansiedade, diminuição da autoestima, alteração no sono, perda de apetite, estresse, dor de cabeça e sintomas depressivos. Assim como também queixas de ideação suicida, receio de recaída, automutilação, agressividade e sintomas psicóticos. Quatro mulheres foram encaminhadas para unidades do Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) em setembro.

A secretária da SMPM, Eva Messias, explica que é trabalho da rede municipal de enfrentamento à violência contra a mulher acolher essas mulheres em situação de violência. “Não só essa mulher é atendida, mas quando necessário, a família passa por atendimentos necessários realizados pelas equipes do CRAM. Os filhos dessas acolhidas são encaminhados aos serviços sociais e psicológicos”, diz.

O serviço de busca ativa, realizado remotamente pelo telefone da unidade, no (99) 99193-1717, contabiliza 27 mulheres contatadas. Também nesse mês referente, o CRAM recebeu 54 ofícios para atendimentos, encaminhados por outros serviços da rede de enfrentamento. No caso, foram da Delegacia Especializada da Mulher (DEM), dos Conselhos Tutelares I e II, do setor de Doenças e Agravos Não Transmissíveis (DANT), da Defensoria Pública Estadual, da Vara Especializada da Mulher e da Casa da Mulher Maranhense.