QUALIFICAÇÃO
Agentes de trânsito participam de curso de motociclista batedor
Medida visa otimizar atendimentos em acidentes e auxiliar em resgates
Publicado em: 28/05/2020 por Gil Carvalho
Os agentes de trânsito de Imperatriz participam, desde o começo da semana, de curso de motociclista batedor, com objetivo de dinamizar o atendimento em acidentes de trânsito e auxiliar em resgates. A Setran é um dos poucos órgãos que possui este nível de especialização em atendimento aos acidentes de trânsito no Brasil.
"Temos nos preocupado em investir na qualificação dos agentes de trânsito. Uma atividade de escolta exige a atuação de profissionais bem treinados, capazes de tomar decisões rápidas em situações de grande pressão", explica o secretário de Trânsito, Leandro Braga.
Segundo ele, o treinamento é ministrado por uma equipe de instrutores experientes, e terá carga horária de 160 horas e será eminentemente prático. Inicialmente, os alunos receberão um treinamento teórico sobre a doutrina do batedor e, posteriormente, passam a realizar exercícios em um circuito fechado. Além disso, a capacitação será realizada em uma pista de off road para desenvolver a perícia dos condutores com técnicas de direção defensiva. Já na última fase haverá simulação de intensa rotina de escolta nas vias da cidade.
Para o coordenador do curso, Ráder Leão, as atividades exigem um nível de técnica apurada onde o motociclista batedor tem a função de promover a escolta de um determinado tipo de comboio no menor tempo possível ao seu destino. “As simulações serão com exercícios cuidadosamente planejados com rotas pré-determinadas para testar a habilidade e a doutrina da escolta”, reforça.
Após a qualificação, prevista para terminar para o mês de setembro, a Setran estará ampliando sua equipe de batedores. O curso tinha sido pensado para o início de 2020, mas teve que ser alterado.
Criado em abril de 2017, com a missão de fazer o levantamento pericial, o Grupo Tático de Trânsito realiza não apenas serviços ligados à Perícia em Acidentes de Trânsito, mas, também, motopatrulhamento e escolta de autoridades, prestam auxílios e protegem locais de acidentes nas vias e escoltam ambulâncias.
“O GTT fazia escolta de órgãos, eventualmente, de forma absolutamente silenciosa. A Setran já atuava no patrulhamento esporadicamente, inclusive também fez o transporte da Tocha Olímpica, em 2016, em sua passagem pela cidade. Nós achamos importantíssimo ampliar esse trabalho, que tem um aspecto humanitário", lembra Ráder Leão.
Acostumados à frieza dos eventos oficiais e à rigidez da escolta de autoridades, os agentes de trânsito se viram diante de um novo desafio ao escoltar ambulâncias e proteger locais em que ocorrem acidentes de trânsito: controlar a emoção.
“Fazer escolta não é só abrir e fechar vias. É preciso planejar o que vai acontecer lá na frente para evitar acidentes. Não basta ser bom de moto, tem que ser bom de raciocínio também”, explica o supervisor de Trânsito Barbosa, acrescentando que os motoristas mudam de comportamento ao saber que um órgão está sendo escoltado: — Quando a gente está escoltando uma autoridade, os motoristas não querem nem saber quem é, reclamam que querem chegar logo em casa. Mas quando a gente diz que está transportando uma pessoa acidentada, chegam até a aplaudir.
Colaboração Vitor Amorim-Setran