SEGURANÇA
Guarda Municipal tem calendário para ir às ruas
“A questão da violência urbana é nacional. O que vamos fazer é agregar às forças policiais estaduais, PM e PC, uma estrutura a mais”, diz o prefeito Assis Ramos
“O processo é lento porque é dividido em diversas etapas seletivas, todas rigorosas, para que se elimine ao máximo qualquer possibilidade duma escolha equivocada. Os que vencerem todos os gargalos, receberão farda, armas e a responsabilidade de defender o cidadão e o patrimônio público. Estarão absolutamente em condições de fazê-lo. Na escolha, não há nenhum tempero político; é pura meritocracia” - quem avisa é o comandante da Guarda Municipal de Imperatriz, GMI, José Ribeiro de Oliveira, 65, que viveu 33,5 anos funções na Segurança Pública, dentro da Polícia Civil do Maranhão.
A GMI vem aí. Dos mais de 4,2 mil inscritos, 204 saíram classificados dum concurso público sobre o qual não se disse o mínimo em termos de irregularidade (coisa rara para esse tipo de evento). Dos 204, 144 venceram os rigorosos testes de aptidão física e agora estão sendo chamados para avaliações médicas e psicológicas.
Por fim, se submeterão a um processo minucioso de investigação social, aquele em que se analisam e se conferem a autenticidade de todas as certidões fornecidas e de todas as declarações prestadas nos formulários já preenchidos. Dos que ultrapassarem todas essas etapas, os 50 mais bem avaliados mergulharão num processo intensivo de formação profissional que irá de 15 de março a 14 de junho. Os demais ficarão numa lista de excedentes para futura ampliação do quadro, ou mesmo para eventuais substituições.
Formatura e nomeação deverão acontecer entre o final de junho e início de julho para, então, a GMI ir para as ruas, para ações e prevenção “e, quando for o caso, de repressão” – informa o comandante Ribeiro. Defesa do cidadão e do patrimônio, com um foco muito especial para as escolas e seus entornos.
A sede será na Rua Bahia, próximo ao Entroncamento, e já estão sendo licitadas as compras de cinco carros apropriados (viaturas) e cinco motos para patrulhas, assim como armas (letais e não letais), coletes e fardamentos. “As armas, só com autorização expressa do Exército Brasileiro”- observa o comandante.
Dentro das escolas – A GMI terá dedicação especial ao ambiente escolar, não só com as rondas externas, mas também com a escolha e treinamento de estudantes que, internamente, serão os olhos dos guardas municipais, com acesso direto à central de operações para os casos de necessidade.
“É determinação do prefeito Assis Ramos blindar as escolas dos malfeitores e garantir aos professores a autoridade que eles precisam exercer na sala de aula, bem como preservar instalações e equipamentos. Gastam-se, a cada ano, recursos que dariam para construir duas escolas novas, só para recuperar o que é depredado pelos vândalos” – observa Ribeiro.
Multiplicação da GMI – O comandante da GMI já negocia com Assis Ramos a programação do I Fórum da Segurança Pública do Sul do Maranhão, que durante dois dias espera reunir aqui, na Facimp, o Secretário Nacional da Segurança Pública, prefeitos, o secretário da Segurança Pública do Maranhão e outras autoridades, dentre estas o comandante da guarda de Petrolina, PE, que é hoje a maior autoridade no assunto. Objetivo é contaminar os demais gestores municipais da necessidade de montarem suas guardas, ainda que menores e com menos atribuições.
Assis Ramos lembra que a GMI foi um dos seus 95 compromissos de campanha, “dos quais já cumprimos mais de 70, além de 52 outras realizações que sequer foram prometidas”- diz. O prefeito classifica a Guarda Municipal como uma das principais ações da sua gestão. “A violência urbana hoje é o maior tormento nacional e eu tenho obrigação redobrada de me preocupar com isso, afinal eu sou um profissional da segurança pública. Estamos dotando Imperatriz de uma força policial civil para somar esforços com as nossas polícias estaduais, civil e militar. É com essa união que nós vamos proteger mais a nossa gente”- acredita.