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Alunas de escola municipal apresentam projeto inovador sobre inclusão

Método facilita ensino de física e biologia a deficientes visuais.

Publicado em: 06/10/2017 por Sara Ribeiro

Secretaria de Educação

Alunas de escola municipal apresentam projeto inovador sobre inclusão

Palestra sobre nanociência na OAB (Foto: Sara Ribeiro)

Destaque pelo projeto inovador voltado para o estudo da física e biologia às pessoas com deficiência visual, as alunas Gabriely Santos e Karollyne França, 9º ano da Escola Municipal Castro Alves I, ministraram palestra, na sexta-feira, 06, no 2º Congresso da Lei Brasileira de Inclusão, realizado no auditório da OAB. 

Com o tema "Nanociência a serviço da deficiência visual", as estudantes abordaram sobre a criação do projeto, pensado como recurso didático para facilitar a compreensão e integração dos alunos cegos. O projeto construído em maquete, demonstra modelos atômicos. “Facilitam a compreensão dos conceitos de átomo visto que o aluno vai ter algo para pegar e sentir já que não consegue ver” – observou a professora da Sala de Recurso, Fabiane Camargo.

Professor de ciências e orientador das pesquisadoras, Erisvaldo Alves de Sousa, observa que muito da tecnologia utilizada atualmente é fruto de pesquisa de alunos. "Esse modelo didático iguala tanto o aluno vidente, como o deficiente visual, pois podem ver com as mãos, mesmo que nenhum de nós possa ver um átomo" - declarou o professor que acompanha os trabalhos e dedicação das alunas desde o 6º ano. 

Ao comentar que as disciplinas de biologia e física detém conteúdos bem complexos de compreender, a pesquisadora Karollyne França afirma que por conta disso, o projeto mostra sua importância ao incluir os estudante para análise de modelos aumentados. "Esse modelo vai ajudar os deficientes visuais a ter um desenvolvimento melhor nos estudos". 

Inspirado em um estudo dos Estados Unidos, a confecção dos modelos de moléculas e átomos  seria adequado em impressora 3D. Contudo, pela falta de recursos, foi utilizado material reciclado e construído de forma artesanal. "Usamos isopor, arame, linha de anzol, porque além de não termos recursos, são materiais fáceis de encontrar. Além disso, nosso objetivo é ajudar a todos, e quem sabe, possibilitar que deficientes visuais sejam grandes pesquisadores no futuro" - finalizou Gabriely Santos, uma das alunas. 

A próxima apresentação da dupla, com o projeto de nanociência, ocorre em novembro, na XI Feira de Ciência Castro Alves, evento para o qual o projeto foi desenvolvido. 

 

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