Recuperação cidadã pela educação marcou cerimônia de entrega de certificados aos alunos do Programa Brasil Alfabetizado, Bralfa, à turma da Associação de Proteção e Assistência ao Condenado, APAC, nesta sexta-feira, 28. Mais de 20 alunos receberam a diplomação do Ensino Fundamental Anos Iniciais, pela Secretaria Municipal de Educação, Semed.

O Bralfa foi implantado para criar oportunidade de alfabetização a todos os jovens, adultos e idosos que não tiveram acesso ou permanência na escola. Programa atende alunos, com idade mínima de 15 anos e que tenham pouca escolaridade ou não sejam alfabetizados. A certificação foi realizada com recuperandos que concluíram com êxito o ciclo de alfabetização, de setembro de 2017 a maio de 2018, com oito meses de duração.

“É um momento de muita importância, de coroação do esforço dos alunos, professores, coordenadores e todos os envolvidos. A Semed deu seguimento a esse projeto, por entender sua efetividade, por oferecer outras perspectivas de vida por meio da educação, crescimento pessoal e transformações. Nunca é tarde para estudar, se formar e contribuir de maneira positiva com a sociedade” – enfatiza a secretária adjunta de Ensino, da Semed, Nilcea Martinho.

Presidente da Apac Imperatriz, Padre Elisvaldo Cardoso Silva, agradece a parceria com o município. “A parceria com a prefeitura é fundamental. Acredito que sem educação não tem como transformar o mundo. Agradecemos pela prefeitura acreditar que todo ser humano é maior do que seu crime, que a pessoa pode mudar de vida, a partir da educação” – destacou.

O programa de alfabetização mantém, no ciclo atual, 15 turmas em diversos bairros da cidade e também nas instituições parceiras, como Casa do Idoso, APAC, CCPJ, Funac e igrejas. Ao todo, são, aproximadamente, 300 alunos atendidos, entre matriculados e ouvintes.

“Foi muito importante o programa, porque era algo que estávamos precisando. Deu um pouco de trabalho para a professora, mas podemos aprender mais. Receber esse certificado dará mais ânimo na nossa vida e sabermos que estamos no caminho certo” – frisou o recuperando em regime fechado, Eduardo Aurélio Teixeira.

APAC – Trata-se de uma associação judicial, que funciona no acolhimento de apenados com sentença comum, nos regimes fechado e semiaberto, a partir de autorização do juiz. Oferecem atividades educativas e espiritual, com objetivo de ajudar o condenado a se recuperar e reintegrar ao convívio social.